Fadiga por compaixão

Transtornos Mentais: Fadiga por compaixão

Lidar com o sofrimento dos pacientes é um dos grandes desafios de quem trabalha na área de saúde. Muitas vezes o envolvimento é tão grande que afeta, inclusive, o bem estar dos profissionais, com desgaste físico e emocional. O problema é tão comum que vem sendo tratado como uma síndrome, chamada por psicólogos de fadiga por compaixão.

Presenciar o sofrimento das pessoas pode gerar ansiedade, depressão, enxaqueca, crises de asma, sudorese, palpitações, entre outros sintomas. De acordo com Kennyston Lago, doutor em psicologia social e do trabalho pela Universidade de Brasília, a condição seria parte do “custo” de lidar com sofrimento alheio.

Lago explica que, geralmente, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde desenvolvem “estratégias não saudáveis” para tentar evitar o sofrimento. “Eles adotam, por exemplo, uma postura de frieza em relação aos pacientes.

Para Cláudia Vidigal, mestre em psicologia clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), muitas vezes os profissionais tentam não se envolver e buscam, assim, criar um mecanismo de defesa contra seus próprios sentimentos. “Isso os leva ao isolamento ou a um comportamento narcísico que pode beirar o egoísmo e o cinismo, a despersonalização”, afirma.

A especialista, porém, prefere não enquadrar a fadiga por compaixão como uma condição. Para ela, o adoecimento das pessoas que trabalham em um ambiente hospitalar ocorre quando seu sofrimento não é considerado por eles próprios, pelos colegas ou pela instituição.

Como prevenir a fadiga por compaixão

Lidar com o sofrimento alheio é desgastante e, por isso, o profissional deve aprender estratégias para enfrentar a questão. Veja algumas a seguir:

  • Diagnóstico: se não for possível evitar a fadiga por compaixão, é preciso diagnosticá-la para que possa ser tratada. Os sintomas típicos são sensação de esgotamento físico e emocional com mudanças bruscas de humor, irritabilidade, lapsos de memória, ansiedade, depressão, insônia, dores musculares, sudorese, palpitações, pressão alta, crises de asma, entre outros.
  • Hábitos Saudáveis:  para evitar os desgastes físicos e emocionais, uma boa dica para os profissionais de saúde é manter hábitos saudáveis, com alimentação balanceada e exercícios físicos. Atividades relaxantes, como a yoga, também são ótimas aliadas.
  • Não ignorar: é comum que os profissionais de saúde desconsiderem o seu próprio sofrimento, o que é um erro. Falar a respeito é importante e reconhecer o problema é essencial para tratá-lo.
  • Ter tempo livre: não se culpe em manifestar para a instituição a necessidade de se afastar de uma situação que lhe cause danos físicos e emocionais. Se for preciso, tire um tempo livre para refletir e meditar.
  • Peça por ajuda: a fadiga por compaixão é mais comum do que se imagina. Não se recuse a pedir ajuda quando for necessário.

Fonte: segurounimed

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